PCP responsabiliza Governo pelo caos
nas urgências

Apostar nos cuidados<br>de saúde primários

Expressa de forma muito clara por Carla Cruz foi a concordância com o deputado ecologista José Luís Ferreira, que sublinhara a importância dos cuidados de saúde de proximidade. E a este propósito a deputada do PCP aproveitou para realçar a necessidade de inverter a situação actual em que 70 por cento dos cuidados são prestados nos hospitais quando poderiam e deveriam ser prestados nos cuidados de saúde primários. O que não acontece, explicou, porque estes cuidados de saúde primários foram encerrados.

Na linha do seu antecessor, o Governo continuou a encerrar serviços de proximidade, centros de saúde, extensões, SAP, acusou a deputada do PCP, defendendo que a realidade desmente por completo a propaganda do Governo segundo a qual este estaria a «reforçar os cuidados de saúde primários». «O que está é a desinvestir», assegurou, categórica, Carla Cruz, que aproveitou ainda para desmontar essa medida conjuntural para minimizar o caos nas urgências e que foi o prolongamento dos horários de funcionamento dos centros de saúde à noite e fins-de-semana e a garantia de que nenhuma unidade com horário alargado iria encerrar.

Ora após esse anúncio do ministro, dia 8, logo no dia a seguir, 9, a unidade de saúde da Aguda, em Vila Nova de Gaia, que tinha horário alargado, recebeu indicações para encerrar ao fim-de-semana a partir já do próximo dia 1 de Fevereiro, denunciou o deputado comunista.

Ainda de acordo com informações que chegaram ao conhecimento da sua bancada, Carla Cruz alertou para outros encerramentos iminentes aos fins-de-semana, como as unidades de saúde familiares em Anta (Espinho) e a de Egas Moniz de Terras de Santa Maria (Santa Maria da Feira).

 



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